"E que a minha loucura seja perdoada, por que metade me mim é amor e a outra também."

sexta-feira, 28 de março de 2014

Peso Pena

"Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida de cada dia; a sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer alguma coisa boa."
As vezes eu chego a achar que eu só existo porque tenho algo a dizer. Um mundo sem o "dizer" seria um simples vago no vão. Sem tirar e nem por. As palavras são mais do que fonte de vida, são os sentimentos e os sentidos refletidos. Por pra fora, pra mim, é literalmente por em palavras, me expor e me compor. De dentro pra fora e de fora pra dentro. Pois, pelo o que me consta, a palavra escrita é a nossa maior conquista. O ser pode por vários jeitos, estável ou apenas por um momento. Quando eu escrevo libero o melhor de mim, sem aquelas ironias e stress que o mundo provoca e que eu gero sem perceber. Sem aquelas cobranças e qualquer outro sentimento que não deixe paz. E eu queria conseguir me tornar estável e imutável nesse momento de perda - perda de peso, de indignação - mesmo que mudar signifique amadurecer e crescer. No final das contas, eu queria ser sempre assim, leve. Leve que nem pena. Pena que o vento leva pra onde quer, pra mostrar e dizer o que bem entender. E eu não estou falando por conta dos meus quilos a mais, que ganhei naquele brigadeiro de panela que eu comi quente mesmo. To falando de ser mutável, compatível a todas as resistências e potencias. Imune a quase todas as ofensas. "Camuflável" que nem camaleão. Ah! Mas se eu fosse um camaleão eu só iria querer estampar as cores bonitas da vida. As feias a gente embrulha e recicla. Porque de tudo temos que tirar algum proveito nessa vida, senão Deus não dava um jeito de as por no nosso caminho.



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"Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever. Pensar é um ato. Sentir é um fato. O que escrevo é mais do que invenção, é minha obrigação contar sobre essa moça entre milhares delas. E dever meu, nem que seja de pouca arte, o de revelar-lhe a vida. Porque há direito ao grito. Então eu grito. Grito puro e sem pedir esmola." Clarice Lispector, em "A hora da estrela".
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