"E que a minha loucura seja perdoada, por que metade me mim é amor e a outra também."

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Rotina (...)



São as mesmas coisas, feitas do mesmo jeito e no mesmo horário. A denominada rotina. Ela acorda, se arruma, de maneira a ser a mais bela, aos olhos de quem sabe ver. A caminho da escola, na qual ela passa a maior parte da sua vida, a lista de reprodução seria, brutalmente dizendo, igual, sem nenhuma alteração, a não ser que a mesma seja pra melhor. Ao chegar em sua quase segunda casa, encontra com as mesmas pessoas e diz as mesmas coisas, o máximo a ser mudado seria um mero pingo no "i". Continua a fazer o de sempre, nunca estudara tanto em sua vida de colegial quanto nesse percurso da vida, em busca de algo que a fará muito bem no futuro. Ao chegar em casa as necessidades básicas como água e banho quente a chamam. Logo após um breve descanso, algo para lapidar a mente e em seguida entra em um mundo onde nem sempre há sonhos devido ao cansaço, da rotina que a segue todos os dias. 
Até que ponto podemos dizer que uma rotina é boa pra alguém? Podemos dizer que seria um tipo de adaptação, e que sem a qual, muitas vezes não podemos mais ter o mesmo conteúdo. Seria tão complicado assim mudar o que sempre fazemos? As vezes em um breve momento de desejos quase inalcançáveis, chego a pensar na possibilidade de agir de outra forma. De uma forma mais prazerosa apenas para o meu tão machucado ego. É complicado imaginar algo diferente do que sempre sonhamos.
A rotina não se restringe no que fazemos todos os dias. Tem haver com o que planejamos desde o inicio e nos acostumamos com a ideia e não fazemos mais nada a respeito. E quando nos damos por conta, nos tornamos pessoas infelizes fazendo o que não gostamos. E deixamos a direção da nossa vida sair do nosso alcance. Esquecemos dos horizontes que se abrem todos os dias e das ideias novas que podem e devem surgir na nossa mente. Algumas pessoas não percebem e até hoje não perceberam que cairiam na pior das rotinas, a rotina da alma. E acabam por não saberem, de fato, o que estão fazendo no mundo e qual é o seu papel nessa peça. 
E então ela se levanta no dia seguinte e faz tudo de novo, esperando que o horizonte se abra na sua frente. Mas como ela espera ver o que esta por vir se nem os proprios olhos ela se da ao luxo de abrir? Se não busca resgatar a simplicidade e a espontaneidade de uma criança que acabou de descobrir o mundo? Mas algum dia, eu sei, ela vai descobrir a menina fantastica  que esta escondida na caixa esperando ansiosamente pra sair e mostrar toda sua beleza, que no fundo ela sabe que tem.

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